"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Sentidos

Sentidos

'Que ao soar a melodia dos sentidos ,
a vida renasce em faces de luzes;
Que caem das estrelas, 
na permissão benigna das divinas citações .
E o clarão se faz em emoções na terra ,
Para o porvir do crescimento fraterno, 
entre os poetas.

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®



...Se Puder


...Se Puder


...Se puder me ouvir desta distancia emocionada
Gostaria que fosse diferente, um tudo pra nada...
Mas sou humana e como tal me senti vencida
Em dias ensolarados, preciso da tua guarida.

A saga da autonomia, só deixou-me vulnerável
Bem sabes o quanto sofro por esta postura inevitável
O quanto a tua pulseira em meu tornozelo brilha feliz
Seja na luz do dia ou da noite tudo como eu assim quis.

Mas em meio das horas fragmentadas perdi a sobriedade
Em um descaso do cotidiano deparei com a tempestade
E tuas mãos não estavam lá, fiquei tão reduzida, perdida...


Eu não podia ir assim sozinha enfrentando o mundo
Nem tamanho tenho, só a voz e argumento fecundo
Perdi a costumeira prudência e me vi em lágrimas abatida...

...Perdoa Amor, tua aliança continua na mesma mão.
As lágrimas um véu de saudade na solidão...

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®

 

Papel de Seda


Papel de Seda

Criar as estrelas nas mãos pintadas de divertimentos,
Fazer cirandas com as nuvens e criar movimentos...
E depois , e depois... Deitar nas minhas palavras sorrindo,
Espreguiçando versos e movendo os lábios em caretas.
Imaginar a vida rolando colorindo asas de borboletas.




Olhar o sol e andar sentindo a terra para renascer...
Vestida de primavera a cantar o que na cabeça nascer.
Girar os braços da criação como hélices de um cata-vento
Ultrapassar o vermelho de um vulcão em plena ebulição
Escorregar montanha abaixo no papelão da sensação.



Ouvir esta música do vídeo ao acaso um simples fato,
Com o fone no último grau assim tudo fica azul bem alto.
As minhas mãos fazem brincadeiras de sombras na parede
Enquanto eu sorrio para o apocalipse do barulho, almejo
Encontrar papel de seda para rabiscar a verve do desejo.


Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®


Arquétipo Selvagem

Arquétipo Selvagem

Quero meu íntimo livre na palma da minha mão
A olhar o espaço que desfila nas vasta imensidão
Onde as sílabas são contrastes de branco e preto
Esmaltando a noite e o dia sem fase de lamento.

Quero mãos de asas livres nas cíclicas ondulações
O pensamento vagando arrojado sem perturbações
Na sonata do silencio de vanguarda no meu coração
Recebendo as censuras amanhecidas da vaga ilusão.

O arquétipo selvagem traz a voz craquelada das brumas
Abrange as noções da ilusão, inacabadas como espumas
A transparência, despercebida no canto da inconsciência

O rumo assenta os ladrilhos no painel do reino do nada
Nos papéis da criação a laçada dos fractais de luz flagrada
Entrega empírica do ser na inclinação de uma só valência .

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®


Guardiões do Templo

Guardiões do Templo

 
Existe um limite sútil no templo vasto da filosofia.
As estrelas em consonância revelam a sabedoria ,
Joga os sim tão mansos e crispa os nãos rasos.
Nada fica fora da linha no horizonte do acaso.

Dar passos acompanhando a euforia do vento
É seguir as horas penduradas no alinhamento.
O livre sim confabula fantasias e os desejos,
O corpo flexível revela a visão de um lugarejo .

A querência é a cerca elétrica da afetividade.
Os choques sempre permeiam a realidade
São rincões de estática coloridas e sensitivas.
No canto da noite as horas são figurativas.

O sol olha o vento e parece tão matreiro,
Faz caretas do acaso como um arruaceiro.
Enquanto eu vou com pensamentos e passos,
Sorrindo aos guardiões do templo no compasso ...
Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®

Cogumelos Profetas


Cogumelos Profetas

Os braços da realidade são feitos de papel de seda.
Como a derme craquelada pelo sol em labareda,
Depois aspergida na voz do cometa selvagem.
Um sopro rasga o papel, como em uma aragem
Sangra a derme, seca nasce o perdão ao planeta.
A nova estrada é feita de cogumelos profetas.
O mundo é como um novelo de lã bagunçado,
Desfeito por gatos pensativos em ego obstinado.
A guerra é marca da idiotice da humanidade,
A miséria faz parte da inércia das mãos, ferocidade.
E a barriga saliente cheia de vermes entalado,
Aparece no retrato emoldurado da negligência
Dos abastados, descansados na rede da inadimplência.

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®



Mensagem Azul I



Mensagem Azul I

Olha o céu tão azul... Com as nuvens de algodão doce...
A Terra a deusa nativa que nos abraça, em puro Amor.
E em teu seio nos abriga ainda que lhe infrinjamos, tanta dor.
Retalhando tua beleza e harmonia, com tanta injustiça...


Olha o mar... Fazendo rosnados bravios com as ondas...
Mostrando seu desassossego, com a proteção da natureza.
Reivindicando  direitos, fazendo o homem se curvar em seu poder.
Nos colossais brados, em proteção da sua musa, se rasga em ondas...


Olha a Terra... Lembrando aos viventes as sentinelas da consonância na areia.
Fazendo a praia se encolher e dar espaço ao equilíbrio das escunas do muso
E os homens cegos e surdos continuam a contaminar a virtude em desuso.



Olha a terra acordando os guardiões escondidos com línguas de fogo
Clamando os vulcões para alertar os anjos na sobrevivência das cinzas
Do seu deus o Mar o que faz a cor da Terra... ( ser inigualavelmente em tom azul.)

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®







Paz onde estás ?


Paz onde estás ?


Paz onde estás que não vejo?

Onde brincas distante do mundo
Lançando lufadas ao ar da serenidade perdida
Banhando em perfumes de confraternização
Distribuindo abraços de compaixão.

Paz onde estás que não vejo?

Estás comprometida no meio poluído da insensatez
Rasgada em fendas a prepotência inserida
Cega nas turbulências da insatisfação
Sofrendo as amargas desilusões das lutas da vida
Perdendo a sensibilidade da aceitação destinada.

Paz onde estás que não vejo?

Em meio as palavras cortantes inexperientes
Nos momentos amargos da noite cansada
No silêncio ouvinte paciente , experiente
No olhar que observa a guerra interna travada
Sem ter como acalmar a criança perdida
Que mora dentro desta imensidão
Azul de cada um ...

Paz sei onde estás!
Só não sei como posso te entregar!

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®


Juras...







Juras...


...Não fale como a raposa que não consegue as uvas pegar,
Fale como o amante que amou , ama e ainda sente o palpitar
Assim é tudo mais verdadeiro como as flores que nascem
Como lendas em um tapete de sempre vivas que florescem.


...Não se queixe se respondo no silencio da tua altura
Te alerto olhes e não esqueça conheceu a minha doçura
Não jogue um balde de água fria sou filha de aquário
No jardim você sentiu o meu secreto verso no breviário.


E quando relembrar ouvirás a voz da cotovia te sobrevoar
Vais ficar de joelhos nas minhas lágrimas pedindo perdão
Em caso pensado direi o que teu ciúmes fez na imaginação.

Sem pressa jurei ao teu não o meu sim sem me importar.
Devias te benzer com os óleos das olivais do meu jardim
Ao ficar cego de paixão em vertentes de não e censuras assim...

Marli Franco
Direitos Autorais Reservado



Fragmento n°1 Eu e o Amor




Fragmento n°1 Eu e o Amor


O sol durante o dia me impede de deixar de amar, em cada passo que dou meu olhar ousa em detalhes onde o Amor escapa reverenciando as inspirações do mundo.
Quando a noite chega o sentimento se distribuí em meu corpo, então me surpreendo com Órion que comanda, mantendo a chama viva tal qual uma tocha acesa pelas estrelas.
Estou presa ao Amor, infinitamente presa ao Amor...
Sigo a vida buscando a solidão e o Amor sorrindo desta minha luta infrutífera, sorri em cada bravata, sorri das artimanhas, sorri das fugas...
O Amor sabe como estar em mim em todos os momentos e me beija escandalosamente depois de cada resgate, brinca e seduz e me faz no fim, de novo me vestir de Amor...
O Amor aproxima transpondo em mim desejos que não quero sentir, sonhos que não quero visualizar, uma batalha desigual a do Amor, ele é o vencedor eu sua presa apenas...

O Amor é um possuidor envolve todo o corpo e louco transcende a minh’alma, sinto em cada passo que dou, sinto no ar que respiro, de onde me retira suspiros, colorindo -me em paixão...
O Amor é silencioso, um eremita que me cobre sorrindo para minha alma. ; um algoz, um falcão que mantém sob as garras e faz de mim sua permanente prisioneira nas terras entre a saudade e a solidão, terras que não ouso sair, pois sei que ali estou em ti e tu Amor estas em mim...

        Marli Franco
         Direitos Autorais Reservados®

Caligrafia X Esgrima


Caligrafia versos Esgrima II


Eu tenho nas mãos a caligrafia
Destreza a esgrima traz a simbologia
Adquirida reage não para vencer
Mas absorver sutileza de aprender.


Eu venho na arte da esgrima
Apurar os traços da rima
Distinguir a pura harmonia
Na escrita voa a cortesia.

Não olhe a fuga que não tento
O Amor é livre tal qual o vento
Sinta o movimento da caligrafia


Não olhe quem pode vencer
Descubra a essência prevalecer
Verá assim o meu ser em sintonia.

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®

Inspiração










Porfia X Elegância



Porfia X Elegância


Assisti o panorama das horas nada confiáveis,
Os passos no campo pisam herbários enganáveis.
O adversário envolto em folhas brancas, proposital
Recebi os rasgos das investidas em golpe fatal...

 

O ato do espetáculo mostra os lugares da cena...
Um deslize do coração é chegada a hora verbena,
O duelo é a esgrima arte de ser elegância pura.
O nada não muda, o sabre é ágil em riste ventura.



O meu corpo possui o uniforme da indelével herança,
Escuto o vento e o sol me lembra a jura da aliança.
Tenho guardiões nos confins da consciência pragmática.



O espetáculo intimida absorver as ações na ousadia,
O ataque amedronta nos lances indomáveis da porfia.
A essência dos movimentos da alma, é a honra na retórica...

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®



Teclado de Vidro



Teclado de Vidro

Em meu teclado de vidro cai pedras do céu assinalando meu ser.
A descobrir mais uma vez o meu caminho com passos certos,
A minha escrita pede o sopro da luz e encontra o sol do Amor.
A minha natureza decide, se render a luz que existe na natureza.


Onde os pássaros pedem passagem e cantam hinos de graças.
A deusa terra , o planeta que nos chama rendendo tantas fontes:
Abrigo , sacia nossa fome , nossa sede e ainda dá o sal da beleza.
As águas estagnadas do ser humano ,precisam das virtudes esquecidas.


Não olho só a terra , vejo a lua e o sol, o mar e o vento e as flores.
A voz do planeta que pede socorro , arrumar a casa cuidar das dores.
Lavar a alma , modificar a conduta dar o bem ao mundo para ter a casa.


Gratidão  aos iluminados que aqui gravitam.
A minha voz é baixa quase um sussurro de avisos sem promessas,
Lembrar o bem , fazer o bem só assim veremos a luz do Amor .

O ser humano será luz e razão na nova programação.
E a luz será palavra da força que emana sem se quedar...

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®


Melodia da Noite



Melodia da Noite

Lá fora o a noite passa ...
Eu aqui dentro de mim mesma, com o piano a sentir tão perto o amor.
Não sei se flui de mim ou apenas de você, que chega assim nas notas tocando.
O meu íntimo em sintonia com as estrelas lá de cima...
O que sei é que assim, quando de mansinho você chega neste silencio;
dos acordes, eu me entrego a bailar nos teus sentimentos.
A girar na minha vasta ilusão, brincando com o tempo em passeios de ir e vir .
Sem ponteiros ,sem números só com o som desta melodia.
A música a falar por nós dois, enquanto eu e você nos entregamos em um beijo,
com marca de desejo .
E neste único e etéreo prazer onde à sensibilidade é mister, no caminho
a ouvir a saudade do meu ser.
A paz me presenteia assim, com um roçar da brisa marcando o compasso.
No toque mais grave da nota, que aveludada me eleva tão perto de você.
Para simplesmente balbuciar que ... Amo-te.
.
E lá fora a noite densa continua a ouvir os acordes sem nada saber...

Enquanto aqui dentro de mim toca a melodia...

A nossa sublime melodia ,desta página amarelada no tempo...

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®



Setembro de Amor


Setembro de Amor


Setembro em mim chegando com ele o teu perfume tocando...
O meu sentir neste amor que floresce sensível assinalando,
O tempo não existe em nós só a fragrância do nosso viver,
A efemeridade do sentir além das estrelas vem renascer.


O meu ser esta em ti amor , sinto tua voz deslizando
Sonorizando um mantra que floresce amanhecendo...
O jardim d’alma se alastra um perfume de nostalgia,
Agraciada sou sorrisos de amor no ar elipses de energia.

Sinta amor o meu perfume um risco de luz bem sei.
Acho que madressilvas em pleno luar quem sabe talvez,
Mas quero mais simplicidade, para ser cores da primavera.


Sinto amor que neste exato momento, sou mesmo violeta
Fragrância sutil , impercebível ao mundo mas me completa.
Em ti sou como sou ,flores de saudade um quadro de têmpera .


Violetas em mim te entregando assim meu amor sem fim...

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®

Minas de Grafite


Minas de Grafite

O teu olhar metálico nos meus limites
O teu grito no vigor sobre as lanternas
Garimpa energias guardiãs nas minhas terras
Fascinação reina nas minas dos grafites.

Veja a têmpera das sensações, as planícies...
No fundo do sonho espelha o toque é ousadia
Nas mãos a prata das carícias na estadia
Viajo no ouro do prazer, o céu tem ciúmes...

Um arco de gemidos na madrugada
Abraço sensual vibra a emoção cultuada
Na curva da noite um beijo de exploração.

Luz e sombra insinuam tua boca de falas
A galeria e o diamante essências mescladas
Confinada a querência da mineração.

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®





Alvas Recordações



Alvas Recordações

Eu vejo tintas espalhando no chão
E os pés ficando amarelo como verão.
Eu vejo folhas coladas na parede
E as escritas andando no céu... Nada impede...
Eu giro seda estilizada em um papel,
Enquanto nos acordes a melodia faz tropel.



Agitos bem vindos levam ao léu o meu coração...



Eu pinto tela branca surreal descoordenada,
Transparentes para falar tudo do nada.
Desenho abismos na xícara de chá coral,
E jogo o xadrez no ar, lá no fundo do quintal
Com os pardais voando primaveris no pensamento.
Na orquestra existe um acervo de argumento.


Que vai rabiscando sem medir a criação...


Eu coleciono cadernos, folhas perdidas
Com letras de caligrafia cursiva já esquecida.
E faço decoupage na imaginação com a brisa.
Na roda da minha saia o vento sonhos alisa,
Enquanto eu em sensação sinto a sintonia...
Passos de dança na minha volta é pura poesia.


Volteios de sons brincam com a minha emoção.

Um sonho de instrumento desenhei no grafite,
Mas ficou tão perplexo que do papel saiu do limite.
Transformou-se, ficou vivo, virou e revirou em ágata
E depois correu para o mundo como um acrobata.
Não havia notas, nem som era calado só emoção
E assim corria até o sol suspendia a respiração.

Enquanto rios de matizes fluíam em minhas mãos...



A sala abismada gritou para abrir a porta,
Agitada bateu as janelas e assoalho surtou.
De nada adiantou o que corria não escutou
Ela viu giros do andante no jardim desbaratada.
Enquanto o lápis só me ouvia tudo sorrindo via
Mesclas de tintas em nossa volta, sempre nos unia.



As pinceladas surgiam alvas surreais na minha recordação.

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®