"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Casa Sem Telhado

Casa Sem Telhado

Havia sim paredes de lembranças tantas
Sorrisos e conversas de ágata quantas
As estórias sem fim na branca colina
Nos jarros as flores com água cristalina.

Havia sonhos e perfumes do futuro
Realização surreal hoje configura
As alegrias nas paisagens verdejantes
Num céu sem fim de estrelas vicejantes.

Nas janelas o canto das folhas com vento
A chuva riscando no verniz da porta o alento
Na sala sombras do abajur lembrando jasmim.

A fé incrustada no coração parecia uma lua
Iluminava o passeio noturno da saudade na rua
A casa sem telhado  recorda o céu voando  assim.


Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®


 




Centésimo Soneto ... Luvas de Letras

Centésimo Soneto... Luvas de letras

A escrita é a arte que o sentir movimenta
O magma da alma é a alforria que sustenta
No dia ou noite a pulsante poesia desvenda
A lágrima é estrela iluminada da oferenda.

Olhei água transmutada em oásis no pranto
No lago  fui deusa livre na estrofe do acalanto.
 Na emoção sentida  uma passageira da fortuna
No afago do universo,  senti o presságio das runas.

Andei no silencio e na areia fina do deserto
Luvas de letras vesti com alma em evolução
Escondi um soluço, o mito na paz do coração.

Foi franca a paixão ao verbo meu amuleto
Verteu a palavra no meu centésimo soneto
No movimento do éter o meu  verso liberto.
Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®

*Dedico este soneto
 a todos visitantes
 do meu jardim  poético.